E lá fui eu ontem assistir ao show do cara que era o responsável pelo melhor show da minha vida. E ele é capaz de me emocionar ainda mais do que há quatro anos! Com aquela coleção de músicas de uma banda que conheci quando meu pai colocava os discos deles para tocar e eu dançava aos cinco anos de idade pela sala e tentava cantarolar as músicas, sem ter a ideia de que se tratava do maior grupo de rock da história e que é o motivo por eu gostar tanto de música desde então; a outra coleção faz parte da consolidada carreira solo, com desfile de canções do ótimo álbum New, lançado ano passado.
Superação ou regularidade? Talvez essas duas palavras não definam o que é a experiência de assistir ao show de um Beatle e co-autor de, pelo menos, metade das melhores canções já escritas. E prefiro não definir algo que é atemporal e não soa nostálgico, ainda que o "na na na" de "Hey Jude" seja manjado, mas é cantado pela plateia extasiada, que repetiria o coro na saída do Allianz Parque, assim como aconteceu na saída do Estádio do Morumbi em 2010.
Paul saudou os paulistas e decorou frases em português, sem soar falso ou demagógico e iniciou com "Eight Days a Week", seguida da nova "Save Us", engatando com "All My Loving". A linda Allianz Parque, nova casa do Palmeiras, já pulava, gritava e cantava sob forte chuva que aconteceu antes, durante e continuou no final do show e se misturava com as lágrimas da plateia.
Não há ápice no show, pois todos os momentos nos levam a estados diferentes de celebração. Lágrimas em vários momentos, sorrisos e suspiros em outros. Catarse no geral! Nem a execução de quatro músicas do disco mais recente deixou o público parado, mesmo que não sejam conhecidas por parte da galera presente e ainda fossem inéditas nas apresentações do Brasil, "Save Us", "New", "Queenie Eye" e "Everybody out There" foram aprovadas, tocadas com mais peso e ficaram ainda melhores do que em disco.
"Let me Roll It", de riff delicioso, do segundo grupo de Paul, Wings, não deixa dúvidas sobre a qualidade da fantástica banda que o acompanha - palavras do próprio.
"Paperback Writer", "Back in the U.S.S.R", "Everybody Out There" também mostraram toda a competência dos escolhidos para acompanhar o Beatle, que teve vários momentos ao piano, em canções como "The Long and Widing Road".
Homenagens não faltaram. "My Valentine" para a atual esposa Nancy Shevell, "Maybe I´m Amazed" (uma das canções de amor mais belas da história) para a eterna musa e amor da vida, Linda McCartney, "Here Today" para Lennon e "Something" para George Harrison. A última é capaz de arrancar mais lágrimas do público ou as primeiras de quem, improvavelmente, ainda não tinha chorado. Paul começa tocando sozinho e canta os primeiros versos e o refrão da linda canção escrita pelo homenageado. Baixo, bateria e guitarra - com solo belíssimo e cortante - surgem depois e fotos de George são projetadas no telão.
E ainda teve canções de "Sgt. Pepper´s", do "White Album", a "Eleonor Rigby", a "Lady Madonna", "A Lovely Ritta", a "Band on the Run", a sublime Blackbird, que atentava para conflitos raciais nos Estados Unidos, mais Wings, "Helter Skelter", "Live and Let Die", "We Can Work it Out" (aquela que nos ensina que "Life is very short and there´s no time to fussing and fighting, my friend"), "Helter Skelter", o quase "final" de Abbey Road (o meu segundo disco favorito; o primeiro, também é dos Beatles, Revolver) espécie de medley de três canções emendadas uma na outra: "Golden Slumbers", "Carry the Weight" e "The End".
O final da noite de ontem me deixou de alma lavada, por ter mais uma vez a oportunidade de assistir à apresentação do meu maior ídolo, eterno integrante da minha banda favorita. Um senhor de 72 anos que continua sendo relevante e cantando bem durante 2h40, tempo que poderia durar o dobro e eu repetiria hoje, se pudesse, mas espero repetir em outras turnês dele.
Já vi shows memoráveis de bandas/artistas de quem sou fã, até mais de uma vez, mas nenhum deles causa o impacto e a emoção de uma apresentação de Paul McCartney. Se você nunca assistiu a um show ou cansou de ir a outros que já viu, veja uma apresentação do Sir para presenciar um capítulo da história da música. "Só" isso!
Superação ou regularidade? Talvez essas duas palavras não definam o que é a experiência de assistir ao show de um Beatle e co-autor de, pelo menos, metade das melhores canções já escritas. E prefiro não definir algo que é atemporal e não soa nostálgico, ainda que o "na na na" de "Hey Jude" seja manjado, mas é cantado pela plateia extasiada, que repetiria o coro na saída do Allianz Parque, assim como aconteceu na saída do Estádio do Morumbi em 2010.
Paul saudou os paulistas e decorou frases em português, sem soar falso ou demagógico e iniciou com "Eight Days a Week", seguida da nova "Save Us", engatando com "All My Loving". A linda Allianz Parque, nova casa do Palmeiras, já pulava, gritava e cantava sob forte chuva que aconteceu antes, durante e continuou no final do show e se misturava com as lágrimas da plateia.
Não há ápice no show, pois todos os momentos nos levam a estados diferentes de celebração. Lágrimas em vários momentos, sorrisos e suspiros em outros. Catarse no geral! Nem a execução de quatro músicas do disco mais recente deixou o público parado, mesmo que não sejam conhecidas por parte da galera presente e ainda fossem inéditas nas apresentações do Brasil, "Save Us", "New", "Queenie Eye" e "Everybody out There" foram aprovadas, tocadas com mais peso e ficaram ainda melhores do que em disco.
"Let me Roll It", de riff delicioso, do segundo grupo de Paul, Wings, não deixa dúvidas sobre a qualidade da fantástica banda que o acompanha - palavras do próprio.
"Paperback Writer", "Back in the U.S.S.R", "Everybody Out There" também mostraram toda a competência dos escolhidos para acompanhar o Beatle, que teve vários momentos ao piano, em canções como "The Long and Widing Road".
Homenagens não faltaram. "My Valentine" para a atual esposa Nancy Shevell, "Maybe I´m Amazed" (uma das canções de amor mais belas da história) para a eterna musa e amor da vida, Linda McCartney, "Here Today" para Lennon e "Something" para George Harrison. A última é capaz de arrancar mais lágrimas do público ou as primeiras de quem, improvavelmente, ainda não tinha chorado. Paul começa tocando sozinho e canta os primeiros versos e o refrão da linda canção escrita pelo homenageado. Baixo, bateria e guitarra - com solo belíssimo e cortante - surgem depois e fotos de George são projetadas no telão.
E ainda teve canções de "Sgt. Pepper´s", do "White Album", a "Eleonor Rigby", a "Lady Madonna", "A Lovely Ritta", a "Band on the Run", a sublime Blackbird, que atentava para conflitos raciais nos Estados Unidos, mais Wings, "Helter Skelter", "Live and Let Die", "We Can Work it Out" (aquela que nos ensina que "Life is very short and there´s no time to fussing and fighting, my friend"), "Helter Skelter", o quase "final" de Abbey Road (o meu segundo disco favorito; o primeiro, também é dos Beatles, Revolver) espécie de medley de três canções emendadas uma na outra: "Golden Slumbers", "Carry the Weight" e "The End".
O final da noite de ontem me deixou de alma lavada, por ter mais uma vez a oportunidade de assistir à apresentação do meu maior ídolo, eterno integrante da minha banda favorita. Um senhor de 72 anos que continua sendo relevante e cantando bem durante 2h40, tempo que poderia durar o dobro e eu repetiria hoje, se pudesse, mas espero repetir em outras turnês dele.
Cara da pessoa no final do show: boba e muito feliz! |
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