Pular para o conteúdo principal

Londres em 5 músicas

Grandes capitais mundiais recebem homenagens em canções. Nova Iorque foi tema de inúmeras músicas, mas New York, New York, imortalizada na voz de Frank Sinatra, é a canção definitiva da Big Apple, cantada por nova-iorquinos e estrangeiros, inclusive na virada de ano na Times Square.  

Berço de vários artistas - do punk, do progressivo ou do eletrônico, capital mundial do pop - Londres também é homenageada em diversas músicas. Ao contrário de Nova Iorque, talvez, não tenha uma canção que a defina, que seja a mais famosa e que possa ter, ao menos, um verso cantado por qualquer pessoa mundo afora. E muitos artistas lendários do rock e do pop dedicaram um pedaço de suas obras à capital britânica ou, como diz o poeta, cidade que alguém só se cansa, quando está cansado da vida. 

Como relaciono música a vários momentos, coisas e pessoas, fiz uma lista com base em minha imagem sobre a cidade do meu coração ou a lembrança mais significativa que tenho dela ao escutar essas músicas.

The Clash – London Calling. Talvez seja a música mais famosa sobre Londres. A faixa título e de abertura do clássico punk com uma das capas de disco mais emblemáticas do rock, atenta para o passado e para o futuro na capital britânica, de forma crítica, como a temática punk exige e fala sobre a vida à margem do seu icônico rio Tâmisa e do relógio mais conhecido do mundo.  O clipe foi gravado às margens do River Thames. Mais londrino, impossível! O Clash tem mais músicas que falam sobre Londres, como London´s Burning e Guns of Brixton. A última faz parte de London Calling.


Blur – London Loves. Os estudantes de artes que formaram um dos grupos mais famosos da década de 90 e disputaram com o Oasis o título de reis do britpop, retratam um pouco do modo de vida inglês no álbum Parklife e dedicaram uma canção à cidade de formação na música London Loves, que integra o disco. O vídeo abaixo foi extraído do DVD Parklive, gravado no Hyde Park para o encerramento das Olimpíadas de Londres em 2012. A banda havia retornado aos palcos no mesmo Hyde Park em 2009, depois de anos fora dele, para duas apresentações lotadas. Blur, Londres e seu parque mais famoso mostrando que têm tudo a ver.


The Kinks – Waterloo Sunset. Nada mais clichê de ser falado, fotografado ou cantado, mas, ao mesmo tempo, tão maravilhoso quanto o pôr-do-sol, meu momento favorito do dia! E o de Waterloo é o paraíso na visão do Kinks, banda londrina de muito sucesso nos anos 60 na chamada Invasão Britânica. Waterloo é uma das regiões mais movimentadas e conhecidas de Londres, com ponte e estação de metrô que levam seu nome. O famoso underground é citado na música do Kinks. Se Londres não tem uma música que a define, Waterloo Sunset é a mais linda que ela poderia receber. Selecionei dois vídeos para embalar essa joia. O primeiro, com a própria banda. O segundo, com imagens da cidade se relacionando com versos da canção.



Suede – Europe is our Playground. Já falei no blog que o Suede deve ser a banda mais londrina, ou então, divide o título com o Kinks. A banda liderada por Brett Anderson cita Londres em mais de uma música. Esta balada começa no aeroporto de Heathrow (o mais movimentado da Europa) e o refrão é pura declaração de amor: “Europe is our playground, London is our town, so run with me baby now”. Um homem que queira casar comigo, pode me levar para Londres, reservar uma cápsula da London Eye para o pedido, acompanhado de champagne e, de quebra, dar um jeito de colocar essa música para o momento, hahaha. A resposta, com certeza, será sim!


Pet Shop Boys – West End Girls. O duo de música eletrônica escolheu a região mais multicultural e de entretenimento da capital inglesa - o que é difícil afirmar sobre uma cidade que tem essas características – onde está Trafalgar Square, Big Ben, Soho, National Gallery, Picadilly Circus, Oxford Street e compôs um dos maiores sucesso não só deles, como da música eletrônica. O clipe foi gravado na região e é possível reconhecer algum dos lugares que fazem parte de West End.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O coração de Londres Trafalgar Square é passagem obrigatória para visitar marcos londrinos e é repleta de atrações, dentre elas a National Gallery. Poder se deparar com obras de Van Gogh, Monet, Boticelli, Da Vinci, de graça, num espaço que recebe cada visitante com lírios inebriantes na entrada, é umas das maiores riquezas que uma viagem pode nos oferecer. National Gallery Esculturas, chafariz, eu e National Gallery em Trafalgar Square Como gosto muito de visitar igrejas, seja pela arquitetura, pela história, além de poder agradecer por estar em Londres novamente, a Saint Martin in the Fields é o lugar certo para isso em Trafalgar, onde ainda posso almoçar na cripta muito aconchegante e nada sombria, onde tomaria uma sopa de brócolis apimentada que foi a escolha certeira para o frio.  Cripta da igreja, onde é servido almoço e café Fachada da Igreja Saint Martin-in-the-fields Uma das coisas que me chama a atenção é a quantidade de mendigos num estado de let

E aí, abestados?

Depois de uma semana do primeiro turno das eleições no Brasil, venho me manifestar aqui neste espaço "meu". Fiz comentários em alguns fóruns, em páginas de amigos em redes sociais e no twitter, como também li ao máximo que pude reportagens de revistas e sites sobre variados candidatos e o desdobramento do resultado das eleições.  Lemos coisas desagradáveis, comentários maldosos, mas que não se comparam, em minha opinião, ao preconceito contra os nordestinos. Assim como em 2010, internautas, para dizer o mínimo, destilaram seu ódio contra a população dessa parte do Brasil, após o resultado que mostrou a vitória da presidenta Dilma Roussef em estados nordestinos não só, mas também em estados do Norte e no Rio de Janeiro, porém, o alvo do ódio e preconceito sempre recai sobre os primeiros.  Não bastasse o discurso de ódio proferido pelo candidato Levy Fidelix, no penúltimo debate entre os presidenciáveis, ocasião em que disse barbaridades nunca ouvidas em período eleit