Mais uma lista de discos perfeitos para mim, com todas as faixas indispensáveis. Vou começar essa lista com a banda que terminou a primeira.
Dog Man Star - Suede. Considerada a obra-prima do grupo e lançado há quase vinte anos (outubro de 1994), o segundo disco supera a ótima estreia com faixas mais experimentais, densas e com arranjos orquestrados. A complexidade do álbum não agradou muito o público e, talvez, tenha sido o motivo para o Suede não ter alcançado o mesmo patamar de sucesso de Oasis e Blur, duas bandas do movimento Britpop, que disputavam a coroa do rock britânico no início dos anos 90.
Dog Man Star não é considerado apenas o melhor do Suede, mas também um dos melhores álbuns da história e presença constante na lista dos "discos que devemos ouvir antes de morrer". As faixas mostram a ousadia da banda, com o vocalista Brett Anderson - um dos melhores cantores/frontman de sua geração - em perfeita execução vocal, alternando graves e agudos, algo que me agrada muito e nem todos conseguem fazer com maestria, o que torna cada canção singular e impossível de deixar de ser ouvida. Tudo isso em parceria com Bernard Butler (que saiu da banda antes do lançamento do disco) guitarrista que herdou o talento de Johnny Marr, dos Smiths, que é clara e maravilhosa influência do Suede, deixando músicas perfeitas que traduziam a solidão que nos assola mesmo na cidade grande, os encontros que não acontecem e a melhor balada do britpop e uma das músicas mais lindas da história: The Wild Ones, em que Anderson alcança falsetos perfeitos. Apesar de ter dito mais do que programava a respeito de um dos meus discos favoritos, recomendo a excelente resenha de Dog Man Star, feita pelo Scream and Yell Yell http://screamyell.com.br/site/2012/08/15/discografia-comentada-suede/
Ouviria mais de
uma vez antes da próxima ou voltaria quando o disco terminasse: We are the Pigs; Heroin; The Wild Ones; New Generation; This
Hollywood Life; The 2 of Us; Black or Blue, The Asphalt World e Still Life.
Sex
Pistols - Never Mind The Bolllocks. Obrigatório para quem curte punk rock ! Único disco da banda que
revolucionou a cena inglesa em meados dos anos setenta. Sem mais
digressões.
Ouviria
mais de uma vez antes da próxima ou voltaria quando o disco terminasse: Holidays
in the sun; Bodies; No Feelings; Problems; God Save the Queen; Submission e
Pretty Vacant.
Nevermind - Nirvana. Esse disco tem um significado muito especial, pois foi com ele que
vivenciei uma revolução no rock, por conta da minha idade, claro. Não vi a
explosão de Elvis, Beatles, Clash, Sex Pistols, mas vivenciei o estrago
fantástico que o Nirvana causou com o seu segundo disco e me fez buscar e ouvir
rock alternativo, mesmo que ele já tivesse surgido com Jesus and Mary Chain,
R.E.M (está no meu top 3 de bandas favoritas) e Pixies, tanto que as duas últimas são declaradas influências do Nirvana. A abertura com Smells Like Teen Spirit é
arrebatora e considero um dos inícios de discos mais bem escolhidos, além de a capa do álbum ser emblemática.
Ouviria
mais de uma vez antes da próxima ou voltaria quando o disco terminasse: Come as you are; Breed; Lithium;
Territorial Pissings; Drain You; Lounge Act; Stay Away.
Grace - Jeff
Buckley. Único disco do talentosíssimo cantor e guitarrista, que faleceu
antes do lançamento de sua obra-prima. Grace se tornou conhecido do público e
aclamado pela crítica em 1994. Poesia e melodias perfeitas, com toda a
sensibilidade e melancolia de Buckley, capaz de alcançar notas muito altas e
alternar graves e agudos com perfeição. Aliás, em minha humilde opinião,
superou o gigante Leonard Cohen, autor de Hallelujah, na interpretação dessa
música, presente em Grace. A música de Leonard Cohen foi gravada por outros artistas,
mas nenhum conseguiu alcançar a beleza da original, enquanto Buckley não apenas
a alcançou, como superou o intérprete e autor da música.
Ouviria
mais de uma vez antes da próxima ou voltaria quando o disco terminasse: Mojo Pin; Grace; Last Goodbye; So Real; Hallelujah; Lover, You Should've Come Over e Dream Brother.
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