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Os melhores encontros do Grammy 2014!

No último domingo aconteceu a entrega do Grammy, proclamado o maior prêmio da indústria da música. Divide opiniões como toda premiação e nem sempre quem ganha é quem realmente merece. Mesmo assim, como gosto muito de música e ainda que meus artistas favoritos, na maior parte do rock, não tenham tanto espaço na premiação desde meados dos anos noventa, não deixo de assistir ao evento.

Há tempos que a cerimônia não tinha tanto rock, diminuindo a participação de artistas de country e de pop.

Posso dizer que foi ótimo vir Black Sabath concorrendo aos prêmios de melhor canção de rock, melhor disco de rock e melhor disco de heavy metal, vencendo a última categoria com o álbum "13", que marcou a volta da banda com Ozzy.

Metallica tocando One com o pianista chinês Lang Lang e Kirk Hamett vestindo uma camiseta de Lou Reed, morto em 2013 e um dos grandes nomes do rock. Por ser uma apresentação com tempo certo para cada artista, "One" que tem cerca de oito minutos foi reduzida, o que não comprometeu o ótimo show da banda.

E não parou por aí. Um dos encontros mais esperados da noite e que emocionou os amantes da música, foi o reencontro já esperado de Paul McCartney e Ringo Star, que havia cantado solo antes de Paul e emocionado quem acompanhava o Grammy. Imagens dos quatro garotos de Liverpool apareciam no telão durante a execução de "Photograph" de 1973 que compõe o disco "Ringo". Os dois tocaram Queenie Eye, faixa do álbum “New” de Paul, lançado no ano passado e um dos melhores do ano na opinião minha opinião e na de diversas revistas também.

Como fã dos Beatles e não apenas por isso, mas por amar música e tentar acompanhar a história dela, poder assistir metade do que foi a melhor e mais famosa banda de todos os tempos num palco, é uma chance de presenciar a magia e o encanto que duas pessoas tão singulares e inigualáveis na música ainda podem causar. No final do show, os dois foram de mãos dadas para frente do palco, onde receberam aplausos de todo Staples Center de Los Angeles, inclusive de Yoko Ono e seu filho Sean Lennon que dançaram durante a música.

Um pouco fora das parcerias do rock, outro show marcado para a noite era o de Pharrell Williams e Daft Punk, grandes vencedores da noite. Get Lucky é a melhor música de 2013 e venceu a categoria de melhor gravação do ano, além dos prêmios de melhor atuação em duo e melhor disco de música eletrônica. Talvez o que ninguém esperava era que a parceria dos franceses e de Pharrell fosse cantada com Stevie Wonder e ambos fizeram a melhor apresentação da noite. Na plateia, Steven Tyler, Yoko Ono, Paul e Ringo se destacaram nas danças ao som de Get Lucky.

Depois de tantos encontros memoráveis, ainda faltava uma bandaça do coração no palco do Grammy, o Queens of the Stone Age, que se apresentou com Nine Inch Nails, Dave Grohl na bateria e Lindsey Buckingham do Fleetwood Mac na guitarra.  

Depois da execução de “Copy of A”, faixa do mais recente disco do NIN, "Hesitation Marks", o supergrupo emendou com “MY God is the Sun”, música do sexto trabalho dos californianos do deserto, intitulado Like Clockwork, que concorreu na categoria de melhor disco de rock. 

Tudo ia muito bem até que comerciais e créditos da apresentação apareceram na tela na parte final da música e a imagem da banda sumiu, restando apenas o som e os aplausos da plateia. Decepcionante a atitude do Grammy em cortar o show. Trent Reznor, do Nine Inch Nails não gostou nada e tuitou: “a maior noite da música para ser desrespeitado”. Bem isso. Mesmo com a falha, o encontro de NIN e QOTSA, com Dave Grohl e Fleetwood Mac foi a escolha perfeita para encerrar a noite do melhor Grammy em anos.

Abaixo, o vídeo de “My God is the Sun” tocada pela primeira vez ao vivo. Foi no Lollapalloza Brasil 2013 e eu presenciei esse momento. Sem nenhum corte!


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