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Adeus David Bowie

Faz mais de uma semana que um dos meus ídolos na música se foi e ainda vejo muitas postagens, publicações de fotos e textos sobre ele e isso é bom. 

Fiquei sabendo da morte de David Bowie na segunda-feira passada ao chegar ao trabalho. Lembro que ouvi as músicas novas e antigas no sábado, por conta do lançamento de Blackstar na sexta-feira, 08/01. Não costumo ligar tv pela manhã e geralmente escuto a playlist que tenho no celular, ao invés de sintonizar o rádio primeiro. 

Enquanto ligava o meu computador, entrei no Instagram e vi muitas curtidas de fotos de Bowie e pensei que se referiam ao novo disco, já que na sexta-feira tinha visto muitas publicações sobre ele, justamente por causa do lançamento. Mas, infelizmente, não era isso e o monte de páginas com capas de disco, fotos diversas era para dizer adeus. Não queria acreditar e entrei no Google pra confirmar a notícia e chorei. Segunda-feira já é um dia bem chato, não gosto mesmo e a passada foi arrastada e tristinha. 

Contudo, pelo menos um dia, em meio a tanto coisa ruim na internet, foi bom celebrar um artista incrível, singular e inesquecível com amigos e ver a timeline das redes sociais repleta de música boa e imagens lindas. Acreditem, a morte de alguém admirável, mesmo que das artes e tão distante do nosso mundo, é sentida por quem gosta como se fosse de alguém querido que não vemos tanto, mas que temos uma ligação e identificação, que redundam num sentimento especial. E não teremos mais aquela música nova, o show tão sonhado. 

Não lembro exatamente com qual idade virei fã, mas quando isso aconteceu gostei da sua obra logo de cara e também me surpreendi com todas as vertentes de sua carreira e como influenciou tantos artistas que também admiro.

Uma das lembranças de Bowie que terei mais viva e que é pouco recente, além do disco Blackstar, foi a mostra David Bowie no MIS - Museu da Imagem e Som - realizada pelo Victoria and Albert Museum, de Londres. O fato de ter acompanhado a carreira dele me levaria à mostra de qualquer jeito, mas a visita à exposição ainda rendeu uma reportagem para a revista eletrônica (Arruaça) da disciplina que mais gostei na pós: Jornalismo Cultural. Para quem quiser ler, segue o link https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7139695869271574979#editor/target=post;postID=5491482264899157600;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=42;src=postname e também já foi publicada no blog. 

Uma das parte mais legais dessa exposição foi entrar em um salão em que tocava Jean Gennie em um telão, com um som bem alto. Até escrevi no texto que a vontade de assistir um show dele só aumentava ao escutar e ver no telão aquela música sendo tocada ao vivo. Ainda tinha essa esperança, mesmo com o fato dele não mais ter feito turnê desde 2003. 

Infelizmente, será mais um artista que não terei a chance de ver ao vivo e também não esperar mais por um novo lançamento de disco ou uma música apenas. Mas a obra diversa, completa e instigante é eterna e vai continuar tocando muito aqui, como tem acontecido mesmo antes dele partir. 

Algumas das prediletas em meio a tantas músicas que gosto. Ah, e Absolute Beginners entraria fácil na seleção de canções de amor que fiz aqui no blog. Que balada!






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